Domingo de Reflexões

Aproveitando o tema da ansiedade do último post, queria dizer que sempre fui muito ansioso. Cheguei a tomar o famoso "tarja preta" pra me ajudar a aguentar um período especialmente foda da minha vida. Me ajudou bastante, mas também me deixou brocha. Vinte anos e brocha, é foda. Parei de tomar e nunca mais voltei. Hoje sofro com ansiedade como um verdadeiro homem: internalizando os sentimentos e esperando algum dia estourar como uma bomba-relógio. 

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Olhar de quem já está escangalhando o mangalho e NADA acontece. (Porque será que o Michael Corleone é o modelo moral para jovens sem figura paterna?)

Uma das paradas que sempre me deixou triste foi a segunda-feira. Quando ainda morava com meus pais, sentar pra ver as vídeo-cassetadas era tradição familiar. Depois, Fantástico. Nessa hora eu já estava contemplando mudar meu nome para Ludwig, mudar para a Cracóvia e passar o resto dos meus dias como um frade dominicano.

Hoje em dia, morando com a minha mulher e levando uma rotina mais independente (tem momentos de extrema produtividade e cansaço, e momentos de absoluta letargia), eu aproveito sempre que posso para folgar na segunda-feira. Meus fins de semana geralmente passo trabalhando, conversando com clientes no zap (agora mesmo tenho umas 25 mensagens pra responder no zip-zop), antecipando alguns projetos para me desafogar na semana. Gosto especialmente de tirar o fim de tarde do domingão pra me preparar para o resto da semana. Atualizar minhas planilhas financeiras, ver as pendências e colocá-las em ordem de importância (eu uso um sistema parecido com o GTD para me organizar). Se eu não fizer isso, passo o tempo todo roendo as unhas e sofrendo internamente, pensando na montanha de trabalho que terei na segunda. 

Uma das coisas boas em se trabalhar em casa e não ter chefe é a independência que isso oferece à rotina. Numa segunda tranquila, posso levantar às 10:00 tranquilamente, ir até o mercado sem trânsito e sem filas, tomar um café expresso e passar o resto do dia dentro da piscina. Aliás, este é um ponto em que eu me considero extremamente burro: meu condomínio tem uma piscina que não uso tanto quanto deveria. Queria manter uma rotina de natação, coisa que gosto muito de fazer, mas minha aversão ao contato social me impede. Na Cracóvia eu provavelmente não teria que dividir uma piscina com semi-conhecidos. É nojento, se parar pra pensar. 




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